sábado, 28 de dezembro de 2019

Casa Azul


Casa Azul


Num dia somente dedicado ao Urbex, visitei a tão conhecida, Casa azul. Totalmente envolvida por vegetação, esta casa é um daqueles locais onde tudo ficou, onde tudo permaneceu no seu local. 
Provavelmente habitada até ao ano de 2004, e desde daí, deitada ao abandono como se de um objeto se tratasse. 
Além dos seus belíssimos interiores, numa das divisões podemos observar um altar, numa outra, um piano e pelo resto de todas as divisões vários objetos de quem lá viveu.














































  

Por: Hugo Santos 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Palácio Fonte da Pipa - Antes e Depois do incêndio


Palácio Fonte da Pipa 
(Este post é um antes e depois do incêndio)


(Antes do Incêndio)


(Depois do Incêndio)

Trata-se de um local privado, dotado de uma arquitetura fascinante, com paredes e tetos soberbos pintados de frescos, alguns, já bastantes estragados, outros praticamente ardidos e outros em que a pintura ainda prevalece. 

Segundo a lenda, a filha de um proprietário terá falecido na quinta e, há quem a tenha visto à janela da torre. 

Será Verídica?

Há ainda outra versão, que terão sido sepultados na propriedade, vítimas da gripe espanhola, a tenebrosa pneumónica nos anos de 1916-1918, e ainda hoje vagueiam as suas almas pela quinta.

Tudo isto na minha opinião, não passam de lendas, pois, estive lá e não vi nada de almas penaaadas...

(Antes do Incêndio)

(Depois do Incêndio)


Foi em 1875, após uma viagem pelo Norte da Europa que Marçal de Azevedo Pacheco inspirou-se para receber a Régia visita de El Rei D. Carlos.
Apesar da sua sumptuosa construção El Rei não usufruiu, ficando em Estói.

Quem foi Marçal de Azevedo Pacheco?

Azevedo Pacheco, foi um Homem de estado, Presidente da Câmara Municipal de Loulé, deputado do Partido Regenerador pelo circulo de Macedo de cavaleiros, Par do Reino, sub-diretor Geral do Ministério da Justiça, Presidente do Tribunal do Contencioso Administrativo do Distrito de Lisboa, entre outros importantes cargos, e era ainda tio, do ministro, Engº Duarte Pacheco. 

Esta propriedade, foi batizada como Quinta da Esperança, mas tal nome nunca foi vingado, pois desde logo ficou conhecido como Palácio Fonte da Pipa, por ali perto haver uma fonte com esse nome que saciava a sede à população.
Para executar as pinturas decorativas, e cumprindo rigorosamente cada detalhe e cada divisão do palácio foi contratado José Pereira Júnior (Pereira Cão).
Pereira Cão, como era conhecido, foi um pintor e ceramista que já havia dado provas de tão grande habilidade.
Pela Fantástica e fabulosa decoração e construção o tempo decorreu sem pressa e a obra em 1896, ainda estava inacabada. Nesse mesmo ano faleceu o seu proprietário vítima de uma grave doença. Infelizmente nunca usufruiu deste local de sonho.  

Em 1920, foi adquirido por Manuel Dias Sancho, um abastado cidadão de São Brás de Alportel, que tinha na altura uma casa bancária. 
O palácio foi então retomado e foram acabadas as obras, fazendo várias melhorias ao projeto inicial. 
A decoração do jardim e eletrificação do palácio foram a sua prioridade. Seguiu um estilo inspirado nos mosaicos de Gaudi, utilizando conchas, cascas de caracol e entre outros elementos decorativos. 

Em 1929, a crise financeira que abalou o mundo e a crise política que na altura prevalecia em Portugal levou muitas empresas à insolvência deixando muita gente com graves problemas económicos, ditando a sorte deste Senhor, cuja fortuna foi gravemente afetada.
Viu as suas propriedades a serem confiscadas para cobrir as despesas e prejuízos da sua casa bancária. Infelizmente este Palácio não foi exceção. 

Foi então mais tarde, adquirido ao banco por um abastado cidadão Algarvio. Francisco Guerreiro Pereira, o novo proprietário do palácio, edificou em 1935, na cidade de Faro, um outro palacete, conhecido como Palacete Guerreirinho, um dos mais belos projetos de Norte Júnior. 
A dedicação a uma das suas maiores paixões, resultou num grande contributo para este palacete, o enriquecimento do jardim com plantas exóticas, que provavelmente ainda hoje existem ao seu redor.

Em 1948 após a morte do seu proprietário, foi herdada pelo seu filho, o Dr. António Guerreiro Pereira Júnior, um médico muito conhecido da altura, que manteve até 1981, ano este, que a vendeu à sociedade "Quinta da Fonte da Pipa, urbanizações lda". 

Esta sociedade, idealizou para aqui, um projeto cultural e centro de congressos, onde chegaram a acontecer algumas exposições e outros eventos, que tiveram na altura um sucesso imediato. 
Para poder explorar a propriedade no seu todo, foi proposto um projeto que previa uma série de infraestruturas no terreno de 30 hectares, o que ainda não teve aprovação desde 1981...
Desde então, os atuais proprietários aguardam impacientemente que o seu investimento consiga gerar emprego, cultura e quem sabe algum dinheiro, enquanto assistem à degradação deste belíssimo palácio.

Em 2017, após vários anos de abandono, deflagrou um incêndio no seu interior o que resultou da destruição de grande parte do palácio. O telhado, nada, ou praticamente nada resta dele, as torres já nem existem, parte do chão ruiu e outro tanto ficou queimado e reduzido a cinzas. 

Apesar do incêndio ainda conseguimos perceber a grandeza e a beleza deste local e as fascinantes pinturas corruptas que nele existem/existiam.  
Nós fomos até lá registar o estado do Palácio, e como ele se encontra até à data das fotografias. 

Sabemos que, a quinta pertence a um fundo imobiliário de origem britânica que tinha intenções de urbanizar o local, contudo o plano Diretor Municipal não permite a concretização deste objetivo. 



Antes do Incêndio











(Fotografias cedidas gentilmente pela página Pr0j3ct URBEX)


Depois do Incêndio


















 












































Desde de que começou este amor pelos abandonados, que conhecia este palácio, mas infelizmente não sabia da sua localização. Um dos anos que fui de férias para o sul de Portugal, fui à procura do famoso Palácio, mas infelizmente não o encontrei. 
Isto seria por volta de 2015, quando ainda o Palácio estaria intacto, já imaginaram se o tivesse encontrado naquela altura? 

Por: Hugo Santos

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