A Casinha da Floresta (antes e depois)

 A Casinha da Floresta 

(antes e depois)

Após vários meses de ter a casa marcada no nosso mapa, fomos visitar a Casinha da Floresta. O entusiasmo era mútuo, pois pelas fotografias que já tínhamos visto era uma casa belíssima. 

A arquitetura que parecia ter saído de um filme de terror, a fachada maltratada, as heras até ao telhado e aquela torre só nos fazia lembrar uma casa de bruxas, e os arrepios começavam a subir pela espinha a cima, mas o que é um abandonado sem um pouco de medo, e sem uns arrepios? 

Pois...

Começamos a entrar, com algum custo, mas entrámos, e qual é o nosso espanto quando começamos a ver a casa completamente vazia, já não existia mesas nem cadeiras, já não existia camas nem mobília, já não existia o tão famoso piano com o lobo, e parece que aí tudo foi por água abaixo, tantos quilómetros e não conseguimos ver a verdadeira essência da casa. 

Mas o lobo estava lá, talvez seja o vigilante da casa, porque esse permaneceu, sempre com um olhar matador e com a boca aberta à espera de pregar uma trinca a alguém. 

Mas a tristeza e a desilusão abateu-se sobre nós e já nem fotografias de jeito conseguíamos tirar, mas tudo o que conseguimos iremos partilhar com vocês.   

Pouco, ou praticamente nada se sabe sobre a casa, sabemos que a sua construção remota ao século XIX e que pertenceu a vários irmãos e que um deles viveu lá até aos seus 90 anos. 

Após a morte deste senhor e o desentendimento entre os herdeiros levaram a casa a ficar esquecida.

Antes 

(Fotografias cedidas gentilmente pela página d.p.abandoned_explorer)

Depois 

Por: Hugo Santos 

Hotel Águas de Radium

Hotel Águas de Radium

No início do século XX, Don Rodrigo, um conde espanhol terá curado a sua filha nesta região de uma grave doença de pele. Mais tarde, após tamanho feito mandou edificar este hotel termal, que hoje apenas podemos observar e fotografar as ruínas. 

Quando Don Rodrigo chegou ao local, não percebia o porquê das águas termais da região serem tão conhecidas como milagrosas, mas mais tarde, descobriu-se que as propriedades benéficas destas águas seria o elevado teor de radioatividade.

O local, ficou tão conhecido que acreditava-se que poderia curar qualquer tipo de doença. Foi sem sombra de dúvida o auge deste hotel. Para além dos banhos termais, também se começaram a realizar aplicação de lamas, compressas elétricas radioativas e lavagem do cólon. 

A água era tão procurada que inclusive vendiam água engarrafada nas farmácias e ainda era exportada. 

Até 1940, as águas eram recomendadas para tratar uma série de problemas, como gastrointestinais, hipertensão, problemas de pele e problemas de rins. 

Foi com a II Guerra Mundial e com os conhecimentos mais avançados que descobriram os malefícios da radioatividade e a partir daí nunca mais ninguém quis saber das termas nem do hotel. Quando abriu falência o gerente do espaço levou tudo de mais valor, inclusive as tubagens de metal para depois vender.

Sabemos que o complexo termal foi leiloado em Lisboa, e comprado por Ramiro Lopes, residente na Panasqueira, que em 2000 o vendeu ao seu irmão António Lopes, que tinha um plano bastante ambicioso para o local. Reconstruir o local, construir um campo de golfe, dois aldeamentos turísticos e 146 Villas seria parte dos seus planos.

O projeto foi aprovado, mas nada foi realizado. 

O Hotel Serra da Pena há mais de 60 anos que é apenas ruínas.  

 

 

Por: Hugo Santos