Mosteiro da Águia
O mosteiro, foi fundado no século XI, antes da fundação do reino de Portugal pelo arcediago da Sé de Braga, D. Areas (ou Aires), e seguiam a ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho.
O documento mais antigo que lhe faz referência, é uma carta de doação datada do ano de 1084.
Em 1136, D. Afonso Henriques, ainda infante, doou o couto do mosteiro, a jurisdição e as terras a D. Paio Guterres, e em 1181, já rei, concedeu a carta de couto ao mosteiro.
A partir de 1516 o "Mosteiro da águia" passou a ser dirigido por comendadários, o que levou à dilipidação de grande parte do património do mosteiro.
Após vários anos e já com várias modificações e alterações, em 1770 o mosteiro foi extinto pelo Papa Clemente XIV. A igreja passou a pertencer à paróquia e a 17 de Dezembro de 1772 o Cardeal da Cunha vendeu o mosteiro a Manuel Gomes Rodrigues da Fonseca Oliveira d'Andrade, um cavaleiro professo da Ordem de Cristo e Governador do Castelo de uma cidade (não iremos referir).
Após a sua morte, o mosteiro passou a pertencer ao seu genro. Entretanto, em data não precisa, o mosteiro passou a pertencer a António Maria Correia d'Abreu e a D. Maria dos Anjos Neves Correia d'Abreu.
Provavelmente em 1923, o edifício passou a pertencer a D. Rosalinda de castro Rebello de carvalho, mantendo-se até ao momento na posse dos herdeiros.
Pelo que conseguimos saber, em 2015 existiu um projeto avaliado em cerca de 70 milhões de euros, que consistia na construção de um hotel, um campo de golfe, uma pequena zona comercial e ainda casas espalhadas pelos 47 hectares de terreno.
Após 6 anos do projeto, o mosteiro ainda se encontra ao abandono e sem vista na reconstrução.
Por: Hugo Santos