terça-feira, 14 de novembro de 2023

Paço Agrícola

 Paço Agrícola 


Tem mais de 400 anos e ainda contempla a arquitetura original da sua construção. Apesar de estar completamente rodeado de mato e a vegetação ser bastante densa conseguimos visitar o local. 

Este paço é composto por dois andares, e a sua arquitetura provavelmente do século XVII forma um pátio interno central, originando uma planta quadrada. Neste local, podemos destacar vários detalhes interessantes, como as grandes chaminés, o brasão imponente que está sobre o grande portão de ferro na entrada da quinta, o grande caniço, a entrada principal da moradia e ainda as varandas em pedra, que são absolutamente interessantes. 
O que nos leva a chamar Paço Agrícola, é pelo simples facto de no local existir dois enormes lagares, o que nos leva a crer que teria sido uma grande quinta agrícola.
Uma curiosidade, é que este local tem cerca de 16 mil metros quadrados de terreno e um jardim que contém diversas espécies de plantas trazidas na altura da América. 

No seu interior ainda restam muitos dos pertences dos antigos donos, mas infelizmente uma parte do edifício já está inacessível, pois parte do telhado e do chão ruiu. 

Sabemos que neste momento o paço pertence a 6 ONG que herdaram a quinta e que se encontra à venda por 290 mil euros. Segundo as Associações, este valor é para angariar fundos para criarem novos projetos. 

O local que remonta ao século XVII, está completamente abandonado, mas esperamos que dias melhores se avizinhem, daria sem sombra de dúvida um excelente local para turismo rural. 




















  

Por: Hugo Santos

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Sanatório de Mont'Alto

 Sanatório de Mont'Alto 


Preocupada com as enfermidades da época, a Rainha Dona Amélia esposa do Rei D. Carlos fundou a 11 de Junho de 1899 o Instituto Nacional de Assistência aos Tuberculosos. No início do século XX, foram construídos vários Sanatórios no nosso país com o objetivo de tratar os doentes infetados com tuberculose.
A tuberculose foi um doença infeciosa, facilmente transmissível que atingia qualquer órgão, sendo a forma pulmonar a mais comum.    

Depois da doação do terreno pela família Sá e do projeto terminado, estava prestes a ser construído aquele que seria um edifício para albergar doentes infetados com tuberculose.

O local não foi escolhido ao acaso, o ar puro da Serra ajudava nos tratamentos dos doentes, e ao estarem afastados da população e longe das aldeias mais próximas evitava mais contágios.

O Sanatório foi começado a construir em 1932, sob responsabilidade do Arquiteto Júlio de Brito, mas só em 1958 é que ele foi terminado. Pelo que dizem, houve financiamento para a sua construção, mas após a primeira fase o dinheiro acabou. A obra ficou parada algum tempo e com a ajuda dos populares as obras recomeçaram e foi terminado. 

Desde a sua inauguração, até ao encerramento do Sanatório em 1975, passou-se muito pouco tempo, tendo em conta as dimensões desta empreitada. Este local encontra-se inserido numa área de 88.000 metros quadrados, que dá o equivalente a cerca de 9 campos de Futebol. 

O Sanatório possuí 6 pisos, bem como dezenas de camas, consta-se que este lugar albergou doentes a mais do que aqueles que poderia receber, daí os relatos de mortes em condições horripilantes.  
Para além do enorme mostro de betão, existia ainda uma escola, uma lavandaria, uma igreja com acesso interior, uma capela e um reservatório de água. 

Muito se fala em fantasmas e espíritos, e isso não podemos nem confirmar nem negar, mas que aquele lugar merece todo o respeito, e que é extremamente pesado, isso é! 
Do tempo todo que estivemos lá dentro apenas sentimos sensações estranhas, como arrepios e às vezes como se alguém estivesse a ver o que estavamos a fazer. Seria mesmo, ou seria apenas o nosso imaginário??

Infelizmente nos dias de hoje, o Sanatório está completamente abandonado, tendo já sido fustigado por incêndios, roubado, vandalizado e completamente "despido" de qualquer objeto que indicaria que se tratava de um hospital. 


























Por: Hugo Santos

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