Palácio da Comenda
Inserida no Parque Natural da Serra da Arrábida, com uma área de aproximadamente 600 hectares, denominada da Comenda de Mouguelas, sendo as suas origens anteriores a 1800. Incluindo o luxuoso palacete e praia privada, vendida por D. Maria - Rainha de Portugal, em hasta pública, no ano de 1848.
O palácio da Comenda é uma das primeiras obras de Raul Lino, um dos mais importantes arquitetos portugueses do século XX.
Completamente isolado, e construído num local onde a paisagem
é paradisíaca, esta mansão foi mandada construir pelo conde Abel Henri Armand, um aristocrata
francês.
A história da construção deste local começou no período
romano, com um complexo industrial de salga de peixe, que mais tarde passou a
ser uma torre de vigia medieval, e no século XVII, dá origem à plataforma de S.
João da Ajuda.
É precisamente sobre esta plataforma que, no século XIX, é
construída uma primeira casa de habitação, que existia no local quando Abel
Henri Armand, ministro de França em Lisboa, compra a propriedade, no dia 9 de
Março de 1872, por cinco contos de reis. Uma vez que a construção existente não
possuía as condições necessárias para uma adequada estância de veraneio, Armand
decide construir o actual palácio.
Reza a história que o aristocrata francês fez uma estranha
exigência ao então jovem arquitecto Raul Lino, quando lhe atribuiu o trabalho,
disse-lhe que antes de iniciar o projecto gozasse de uma noite de luar no sítio
onde planeava implantar a casa, como forma de melhor apreender o espírito do
local para conceber um projecto em harmonia com a luxuriante paisagem.
Entre as várias personalidades de aristocracia e da política que passaram pelo palácio, a convite dos Condes D'Armand, a mais conhecida é a viúva de John F. Kennedy, antigo presidente dos Estados Unidos da América.
Após o assassinato do marido em 1963, Jacqueline Kennedy e os seus filhos recolheram-se nesta mansão procurando abrigo e conforto na encosta da serra da Arrábida.
Nos anos 80, a quinta foi adquirida por um empresário do sector imobiliário. Após a morte do Sr. Xavier Lima, o palácio ficou ao completo abandono, deitado fora como se de algo desinteressante se trata-se.
Como todos os edifícios abandonados, o palácio encontra-se em muito mau estado. Nos últimos andares já nem telhado existe, as paredes deram palco aos grafites e desenhos, as escadas de madeira estão completamente estragadas, parecem ceder a qualquer momento.
A destruição e o vandalismo deram um ar pesado ao edifício, o que faz com que pareça mais assustador.
O edíficio encontra-se à venda pela quantia de 50 milhões de euros como se pode ver, aqui.
Todavia, a beleza ainda é visível, o que nos leva numa viagem ao passado.
https://youtu.be/pejNt9XlBWQ
Por: Hugo Santos
Por: Hugo Santos
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