terça-feira, 26 de março de 2019

Solar Assombrado


Solar Assombrado


Antes de contar a história do solar vou partilhar com vocês o que aconteceu durante a exploração a este lugar. 
Talvez depois dos boatos que já há tanto tempo se ouve sobre este lugar nos tenha metido um pouco de receio, mas, como não ligámos muito a boatos e aos diz-que disse, lá fomos nós visitar este espaço. 
Logo após atravessar a porta, sentimos um ar pesado, algo estranho porque o local não tem janelas e o ar circula facilmente. Continuamos a nossa exploração, alguns arrepios fizeram-se sentir no nosso corpo, mas o mais estranho, foi a câmara fotográfica, ter deixado de fotografar. Liguei e desliguei e nada, mexi na objetiva e nada, até que voltou a funcionar. 
Algo estranho na minha opinião. 


Mas, vamos lá contar um pouco da história deste solar. 
Não se sabe ao certo em que ano foi edificado o edifício, mas, suspeita-se que seja de origem medieval, pois assim o parece devido à torre que ainda hoje conserva. 


Sabemos, que o solar foi reedificado na última década do século XVIII, desenvolvendo-se em torno da torre, eventualmente, também alvo de profundas alterações, numa planta em U. Ao contrário do habitual, os braços mais alongados encontram-se na zona traseira da casa. 


A fachada principal é composta pela torre, e por uma escadaria que dá acesso ao andar nobre. 
Dentro do edifício, já nada resta do que seria o solar. 


Sabemos que o solar era para ser recuperado, começaram as obras de reparação do espaço, mas o que é certo é que a reconstrução do imóvel parou. Parece que algo estranho aconteceu e que as obras acabaram por ser mesmo canceladas. 
Será que o que falam à cerca do solar é verdade? 



























Por: Hugo Santos

sexta-feira, 22 de março de 2019

Palácio da Comenda


Palácio da Comenda 


Inserida no Parque Natural da Serra da Arrábida, com uma área de aproximadamente 600 hectares, denominada da Comenda de Mouguelas, sendo as suas origens anteriores a 1800. Incluindo o luxuoso palacete e praia privada, vendida por D. Maria - Rainha de Portugal, em hasta pública, no ano de 1848. 


O palácio da Comenda é uma das primeiras obras de Raul Lino, um dos mais importantes arquitetos portugueses do século XX.

Completamente isolado, e construído num local onde a paisagem é paradisíaca, esta mansão foi mandada construir  pelo conde Abel Henri Armand, um aristocrata francês.


A história da construção deste local começou no período romano, com um complexo industrial de salga de peixe, que mais tarde passou a ser uma torre de vigia medieval, e no século XVII, dá origem à plataforma de S. João da Ajuda. 
É precisamente sobre esta plataforma que, no século XIX, é construída uma primeira casa de habitação, que existia no local quando Abel Henri Armand, ministro de França em Lisboa, compra a propriedade, no dia 9 de Março de 1872, por cinco contos de reis. Uma vez que a construção existente não possuía as condições necessárias para uma adequada estância de veraneio, Armand decide construir o actual palácio.


Reza a história que o aristocrata francês fez uma estranha exigência ao então jovem arquitecto Raul Lino, quando lhe atribuiu o trabalho, disse-lhe que antes de iniciar o projecto gozasse de uma noite de luar no sítio onde planeava implantar a casa, como forma de melhor apreender o espírito do local para conceber um projecto em harmonia com a luxuriante paisagem.


Entre as várias personalidades de aristocracia e da política que passaram pelo palácio, a convite dos Condes D'Armand, a mais conhecida é a viúva de John F. Kennedy, antigo presidente dos Estados Unidos da América. 
Após o assassinato do marido em 1963, Jacqueline Kennedy e os seus filhos recolheram-se nesta mansão procurando abrigo e conforto na encosta da serra da Arrábida. 



Nos anos 80, a quinta foi adquirida por um empresário do sector imobiliário. Após a morte do Sr. Xavier Lima, o palácio ficou ao completo abandono, deitado fora como se de algo desinteressante se trata-se.


Como todos os edifícios abandonados, o palácio encontra-se em muito mau estado. Nos últimos andares já nem telhado existe, as paredes deram palco aos grafites e desenhos, as escadas de madeira estão completamente estragadas, parecem ceder a qualquer momento. 
A destruição e o vandalismo deram um ar pesado ao edifício, o que faz com que pareça mais assustador.  



O edíficio encontra-se à venda pela quantia de 50 milhões de euros como se pode ver, aqui.
Todavia, a beleza ainda é visível, o que nos leva numa viagem ao passado. 























https://youtu.be/pejNt9XlBWQ

Por: Hugo Santos

Casa do Caçador - O museu da Caça

 Casa do Caçador  Tudo começou no dia 19 de Fevereiro. Embarcávamos talvez, na maior experiência de abandonados que já tínhamos vivido.   Nó...