Quinta do Boris

Quinta do Boris 

O que vos trago hoje, é uma das minhas primeiras explorações para o mundo dos abandonados. Durante muito tempo quando por lá passava, ficava sempre de olho na casa e a dizer para mim, "Um dia vais entrar lá dentro para visitar", mas esse dia também não chegava, até que certo dia de Verão eu e uma amiga entramos na quinta e fomos então visitar, aquela lindíssima casa. A minha jóia da Coroa, como eu lhe chamo. 

A Quinta do Boris, claramente um nome fictício, é uma grande quinta localizada numa pequena aldeia do Norte de Portugal.  

Sabemos muito pouco à cerca da história da mesma, mas pelo que os meus avós dizem, era de uma família muito abastada e com boas capacidades financeiras.  

Mas vamos contar o que sabemos à cerca desta belíssima quinta.  

O primeiro dono, foi o Sr. Abílio de Carvalho Fontes, falecido no dia 11 de Junho de 1908. 

Não conseguimos confirmar a data ao certo do seu falecimento, mas por documentos que nos foi enviado muito gentilmente pela Junta de Freguesia conseguimos perceber que nessa data teria ocorrido o seu falecimento devido a uma congestão.

Em criança foi para o Brasil, onde adquiriu a sua fortuna. Regressou a Portugal e mandou construir uma linda casa, na freguesia que o viu nascer. Adquiriu os terrenos em volta e formou a quinta que aqui está hoje em questão. 

Bondoso, justo, nobre, e com um coração propenso ao bem, era assim que era conhecido.

Sabemos que, no seu testamento, ninguém ficou de fora, dos pobres, aos empregados até mesmo à Junta de freguesia da sua aldeia. 

Neste momento a quinta encontra-se em completo estado de degradação e nota-se nela o quão triste é estar sozinha e ao abandono. 

Apenas os bichos e as aves tomam conta dela. 

As fotografias são uma mistura de fotografias mais antigas do Verão de 2018 com fotografias mais recentes do Inverno de 2019, quando lá fui novamente com um amigo.

Além da casa principal existem ainda mais espaços, como a casa do caseiro, uma garagem, um poço, uma fonte, outras casas, uma adega ainda com pipas e barris e claro, milhares de metros de terreno. 

Por: Hugo Santos